Blog em reformulação

Por favor, desculpem-me a ausência.
De agora em diante reservarei um tempo para a manutenção deste blog.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Capins preferenciais para Eqüinos

Abaixo alguns exemplos de capins preferenciais para eqüinos, mas que devem ser avaliados conforme adaptabilidade regional.

  • Coast-cross: de excelente palatabilidade, adaptabilidade em diversas condições, valores adequados de proteína e fibra. De fácil manejo tanto para pastejo, como para campo de corte. É de implantação mais complicada por ser o plantio apenas por mudas.
  • Tifton: Variação do Coast-cross, com excelente palatabilidade, adaptabilidade em diversas condições, valores adequados de proteína e fibra. O manejo deve ser mais atento, pois passa do ponto de corte com mais facilidade que o coast-cross. É de implantação mais complicada por ser o plantio apenas por mudas.
  • Jiggs: Variação dos anteriores, com excelente palatabilidade, adaptabilidade em diversas condições, valores adequados de proteína e fibra. De fácil manejo, pois possui menos talo, sendo mais difícil passar do ponto de corte. Produz menos massa por área. É de implantação mais complicada por ser o plantio apenas por mudas.
  • Rhodes: Possui ótima palatabilidade, adaptabilidade variável, bons valores de fibra e proteína. De fácil manejo e implantação, pois o plantio é por sementes.
  • Colonião: Variedade mais conhecida dos capins tipo Panicum, com boa aceitação pelos animais, com proteína mediana. De fácil manejo e implantação, sendo o plantio por sementes ou mudas.
  • Aruana: Variedade de menor porte dos capins tipo Panicum (como Colonião), com ótima aceitação pelos animais, bons valores nutritivos, com proteína mediana. De fácil manejo e implantação, sendo o plantio por sementes.
  • Tanzânia: Variedade de menor porte dos capins tipo Panicum (como Colonião), porém maior que o aruana, com ótima aceitação pelos animais, bons valores nutritivos, com proteína mediana. De fácil manejo e implantação, sendo o plantio por sementes.
  • Capim Elefante: Nome genérico dos capins de grande porte, tendo como variedades o napier e cameroum, entre outros. São ótimas opções como capineira, sendo restrito o uso como pastejo pelo seu porte elevado. Possuem bons níveis nutritivos, se cortados no ponto certo, entre 1,60 e 2,50 m de altura. Se a planta estiver com menos de 1,60m de altura, possui teores muito baixo de fibra, podendo causar diarréia. Se estiver com mais de 2,50m de altura, possui teores muito elevados de fibra insolúvel, com baixo aproveitamento dos nutrientes, podendo ainda causar cólicas.
Muitos outros tipos e variedades de capins ainda podem ser utilizados, como Pangola, Capim Gordura, Jaraguá, Transvala, Ramirez, etc., porém deve-se sempre levar em consideração a adaptabilidade à região, palatabilidade para eqüinos e seu valor nutritivo antes de sua escolha.

Créditos: Cavalo do Sul de Minas

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Oração do Cavaleiro

Deus pai todo-poderoso, luz do Universo.
Vós que sois o criador da vida e de todas as coisas, concedei derramar sobre nós, teus filhos, cavalos, cavaleiros e amazonas que aqui estamos, as tuas bênçãos e a tua divina protecção.
Dai-nos Senhor:
- A saúde e o vigor, para que possamos competir com garra em busca da vitória...
- A lealdade, para que busquemos o podium com determinação e coragem, mas com respeito pelos nossos adversários, vendo em cada um deles um amigo e um companheiro de jornada...
- A prudência, para que não venhamos a nos ferir no ardor da disputa...
- A paciência, para que entendamos que a vitória, símbolo do sucesso, é o resultado do trabalho árduo e deve ser conquistada degrau a degrau...
- A humildade, para façamos de cada sucesso um estímulo para caminharmos sempre em frente e cada tropeço um aprendizado de que pouco sabemos e é preciso aprender mais...
- A gratidão, para que, no momento da vitória, saibamos que a conquista só foi possível pelo trabalho e dedicação de muitos, cavalos, pais, técnicos, tratadores, ferradores, juízes, veterinários, motoristas e até o nosso...
Senhor, dai-nos também:
- A bondade, para tratarmos nossos animais com respeito, amor e atenção, jamais esquecendo de agradecer a eles pelo trabalho realizado...
- A generosidade, para que no futuro, quando nosso inseparável amigo de tantos galopes da vitória estiver velho e cansado, não mais podendo nos auxiliar nas conquistas, receba de nós o amor e os cuidados para que possa terminar seus dias com dignidade e, chamado por vós, galope feliz sentindo em seu dorso o nosso carinho e nossa saudade, pelos verdes campos de tua divina morada...
Pai, dai-nos finalmente:
- O patriotismo para que se um dia lograrmos merecer representar o nosso pais pelas pistas de hipismo do mundo, saibamos, como tantos outros, honrar o seu nome, sua gente e suas tradições...
- A virtude, para que jamais nos afastemos dos nobres ideais do hipismo e para que antes de campeões, possamos ser cidadãos de bem...

E a fé, para crermos que tudo vem de vós, senhor do universo e nosso Pai eterno.
Que assim seja!

Créditos: Tudo Sobre Cavalos

Oração do Cavalo

Dono meu:
Dá me, frequentemente, de comer e beber, e, quando tenhas terminado de trabalhar-me, dá me uma cama na qual eu possa descansar comodamente.
Examina todos os dias os meus pés e limpa meu pelo. Quando eu recusar a forragem, examina meus dentes e minha boca, porque bem pode ser que eu tenha um problema que me impeça de comer.
Fala-me; tua voz é sempre mais eficaz e mais conveniente para mim, que o chicote, que as rédeas e que as esporas.
Acaricia-me, frequentemente para que eu possa compreender-te, querer-te e servir-te, da melhor maneira e de acordo com os teus desejos.
Não corte o meu rabo muito curto, privando-me do melhor meio que tenho para espantar as moscas e insertos.
Não me batas violentamente e nem dês golpes violentos nas rédeas, pois, se não obedeço, como queres, é porque ou não te compreendo ou porque estou mal encilhado, como freio mal colocado, com alguma coisa nos meus pés ou no meu ombro que me causam dor.
Se eu me assustar, não deves bater-me, sem saberes a causa disso, pois bem pode ser o defeito de minha vista ou um proverbial aviso para ti.
Não me obrigues a andar muito depressa em subidas, descidas, estradas empedradas ou escorregadias.
Não permaneças montado sem necessidade, pois prefiro marchar, do que ficar parado com uma sobrecarga sobre o dorso.

Quando cair, tenha paciência comigo e ajuda-me a levantar, pois, faço quanto posso para não cair e não causar-te desgosto algum.
Se tropeçar, não deves por a culpa para cima de mim, aumentando minha dor e a impressão de perigo com tuas chicotadas; isso só servirá para aumentar meu medo e minha má vontade.
Procura defender-me da tortura do freio, não no trabalho, mas quando esteja em descanso, e cobre-me com a manta ou com uma capa apropriada.
Enfim meu dono, quando a velhice me tornar inútil, não esqueça o serviço que te prestei, obrigando-me a morrer de dor e privações sob o jogo de um dono cruel ou nos varais de uma carroça, se não puderes manter-me, ou mandar-me para o campo, mata-me com tuas próprias mãos, sem me fazer sofrer.
Eis tudo o que eu te peço, em nome daquele que quis nascer numa baia, minha morada e não num palácio, tua casa.

Autor Desconhecido

Créditos: Tudo Sobre Cavalos

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Calcular o peso do seu cavalo

1º passo: Medir o cavalo

a - medir o perímetro torácico do cavalo, na cilha.
b - medir a distância entre o ombro e a bacia, o ponto mais saliente.

2º passo: Calcular

Adulto

Peso = a2 x b / 11900 – Fórmula simplificada de Carroll e Huntingdon

Ou seja, multiplicar o valor que obteve da cilha por ele próprio (cilha x cilha) e depois deve multiplicar pelo valor que obteve do comprimento (cilha x cilha x comprimento) e de seguida dividir por 11900 (cilha x cilha x comprimento / 11900).

Exemplificando, um cavalo que mede 170 cm na cilha e 160 de comprimento deverá ter perto de 388 kg = 170 x 170 x 160 / 11900

Potro

O calculo do peso de um potro é diferente:

Peso = ((a – 25)/0,07) / 10

Ou seja, o peso é igual ao perímetro torácico, ao qual se retira 25, depois se divide por 0,07 para depois dividir por 10.

Exemplificando, um potro que tenha 120 cm de perímetro pesa 135 kg.

Créditos: Arca de Noé

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Características gerais dos Cavalos

Família: Equidae
Nome científico: Equus caballus
Nome comum: Cavalo doméstico
Sub-ordem: Hippoidea
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Perissiodactyla

Temperatura em ºC: 37,5 a 38,5
Pulsações normais por minuto (animal em descanso): 28 a 32
Respiração normal movimentos por minuto (animal em descanso): 8 a 15
Altura média: 1,50 a 1,60 metros
Peso médio: 330 a 550 quilos
Tempo de vida: até 30 anos
Vida útil: 4 aos 20 anos
Gestação: 11 meses ou 336 dias
Alimentação: capim e ervas quando no pasto. Os cavalos também são alimentados com ração industrializada, milho e farelo.

Créditos: http://www.vaquejadas.com.br/animais/cavalos/

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Poesia - Cavalo Crioulo

Gaúcho bom da querência,
que pita fumo de rolo
e na canha tem consolo
salta em pelo no Bragado
me acompanha neste Brado
"Viva o Cavalo Crioulo."

Viva este pingo sem dono,
largado como índio vago,
que sem pena nem afago,
abandonado no Pampa,
mantêm, na fôrça e na estampa,
a tradição deste Pago!

Foi ele que transportou
no lombo, a gente guerreira
que elevou nossa bandeira
onde quer que houvesse rôlo
Foi o casco do Crioulo
que marcou nossa fronteira!

Andou com Bento Gonçalves
e, até onde a gloria vai,
como um vulto que não cai,
ficou como um promontório
Levou os bravos de Osório
aos campos do Paraguai!

Não só na história guerreira,
a sua glória se expande
onde quer que o valor mande
Escreveu sem diserepaneias
nas coxilhas das estâncias
toda a história do Rio Grande.

Jamais conheceu conforto.
Nascido pela canhada,
dormindo em cama de geada,
pastando solto no mais
pelos banhados baguais,
foi se criando em manada.

Por isso é matungo rijo
Como o sopro do minuano,
No osso tem bom tutano,
Morre seco e não se entrega
Como o mestiço, chô égua,
Que não vale um desengano.

E como, gaúcho amigo,
No pago canto de galo
te convido à exaltá-lo
E aos quatro ventos expô-lo
Viva o cavalo Crioulo
Porque o mais... não é cavalo!

Autor: Cap. Arthur Oscar Loureiro de Souza
Bagé, agosto de 1939

Música - Cavalo Preto

Tenho um cavalo preto
Por nome de ventania
Um laço de doze braças
Do couro de uma novilha
Tenho um cachorro bragado
Que é pra minha companhia
Sou um caboclo folgado
Ai Eu não tenho família

No lombo do meu cavalo
Eu viajo o dia inteiro
Vou dum estado pro outro
Eu não tenho paradeiro
Quem quiser ser meu patrão
Me ofereça mais dinheiro
Eu sou muito conhecido
Por esse Brasil inteiro

Tenho uma capa gaúcha
Que eu troquei com um boi carreiro
Tenho dois pelegos grandes
Que é pura lã de carneiro
Um me serve de colchão
E outro de travesseiro
Com minha capa gaúcha
Eu me cubro o corpo inteiro

Adeus que eu já vou partindo
Vou pousar noutra cidade
Depois de amanhã bem cedo
Quero estar em Piedade
Deus me deu esse destino
E muita felicidade
Quando eu passo com o meu pingo
Deixo um rastro de saudade.

Intérprete: Sérgio Reis
Composição: Anacleto Rosas Jr.

Poesia - O Cavalo

Teus poros exalam o fumo
Do lar dos deuses de onde vieste.
Rompante de espuma e de lume
És sol quadrúpede ou mar equestre?

Desfilando derramas o ouro
Do teu rio inacabável,
Desmedido relâmpago louro
De um deus equídeo possante e frágil.

Tudo existiu para que fosses
No contraluz desta madrugada
Mitológica proporção perfeita
Em purpúrea bruma recortada.

Pois que te é divino mister
Humanos olhos extasiar
A dúvida é só perceber
Se vieste do sol ou do mar.

Autora: Natália Correia